Acordei e não sabia quem eu
era. Não reconhecia o quarto onde estava, nem a casa, não lembrava do meu
próprio rosto e sequer sabia meu nome.
Era uma completa estranha
lutando contra ela mesma, no caso eu (ou seria ela?).
Não sabia nada sobre nada,
mas sabia os maiores segredos de tudo. Os maiores mistérios do mundo agora
faziam sentido e tudo o que era descoberto era ligado a um fato coberto.
A única coisa que sabia, da
qual tinha uma certeza incerta, era a de que se pensasse muito o provisório
poderia ser real. Fiz um grande esforço para esvaziar completamente e ainda
mais a minha mente já vazia, porém inquieta, e esquecer tudo aquilo que não
sabia.
Com esforço, adormeci. E do
pesadelo vivo, vivi o do adormecido. Aliviada,
ainda que com medo, por saber que acordaria e tudo não passaria de um
sonho ruim.
Acordei, me vesti e, confusa
e exausta com toda a confusão, acabei me
lembrando do desconhecido e de que nada sabia e de nada continuo sabendo.
15.04.2014
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