Às vezes um texto bate, bate,
bate e bate na minha cabeça.
Me tira do
sono, me tira do sério, me tira da cama.
Chega assim, sem hora pra chegar, sem avisar, de mansinho
ou em golpes.
Chega de madrugada, naquela
hora gostosa que ainda resta antes de levantar para o dia estressante de
trabalho.
Me faz pular da cama e
agredir meus olhos com luz, expulsar o sono do travesseiro...
Não deixa pra amanhã o que
deve ser feito hoje, agora, imediatamente.
A hora que quer e do jeito que quer.
Palavra por palavra, vírgulas e
travessões.
Me obriga, me força, me arrasta e eu obedeço, como quem é movida
involuntariamente por uma paixão arrebatedora, cega e intensa.
E eu gosto.
De teclar os
dedos na tela, de ter os pensamentos mais rápidos que eles, de forma difícil de
acompanhar.
De me fazer de difícil, de fingir que não gosto, de não amar.
Agora vai e me deixa, me deixa
dormir.
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